Aula 1 – Sentimento, Pensamento e Comportamento – Parte 1

Sermos capazes de comunicar de forma eficiente é um poder incrível.

Todos produzimos duas formas de comunicação: interna e externa.

Primeiro desenrola-se a interna. O que nos dizemos, o que sentimos, o que sonhamos ou imaginamos, os cenários e vozes que arrumam a nossa casa interior. Nesta nossa casa existem, como cá fora, quartos, armários, gavetas, cofres, porões e sótãos. Em cada compartimento ou espaço guardamos as nossas experiências e sonhos.

Alguns desses quartos têm a porta aberta. Gostamos de lá ir. Sentimo-nos bem.

Outros quartos estão trancados a setes chaves. É o quarto escuro, para quê abrir? Sei o que me provoca, deixo-o assim.

E temos o sótão e o porão. Quase sempre empoeirados e com caixas empilhadas. Não sabemos bem o que lá está. Ou seja, estamos inconscientes do que lá habita.

Estamos a falar de pensamentos e sentimentos que juntamente com as emoções, que lhes agregamos, criam as nossas representações internas. Umas conscientes, nos quartos abertos, ou até na sala de visitas (todos podem ver), outras nos quartos fechados, nos baús, no sótão sob camadas de pó e no porão, bem lá no fundo.

Nestas duas aulas vamos demos luz a esses conceitos.

Desafiei-te a classificar o que são sentimentos, pensamentos e comportamentos. De que forma se relacionam e como podemos dar luz à sua dinâmica e sobretudo começar a fazer parte do processo.

Quando nos fazemos presentes e permitimos ao nosso sistema olhar para estes processos, podemos mesmo mudar a forma como apreendemos o mundo e como mundo nos apreende.

Todos os comportamentos e sentimentos encontram a sua raiz original em alguma forma de comunicação.

Pensem nos grandes líderes, todos eles mestres em comunicar. John F. keneddy, Thomas Jefferson, Martin Luther King, Roosevelt, Churchill, Springfield, Hitler…usaram a comunicação para mover massas. Mas esta é a ferramenta que usamos para nos movermos a nós próprios também. Tudo começa aí.

O meu domínio de comunicação irá determinar o meu nível de sucesso com o mundo exterior. Posso ter em mim diamantes em bruto, mas não os saber entregar.

E acima de tudo, o nível de sucesso que experienciamos internamente: a alegria, a entrega, a liberdade, a felicidade e o amor, ou qualquer outra coisa que consideremos sucesso, é o resultado direto de como comunicamos connosco.

O modo como nos sentimos não é o resultado direto do que está a acontecer nas nossas vidas mas sim a interpretação que fazemos do que está a acontecer.

Ao decidirmos como queremos apreender as nossas vidas, estamos a decidir como nos sentimos e agimos. Nada tem significado para além do significado que lhes damos.

A questão é que entramos em piloto automático.

Temos boas notíciasJ.

Readquirindo a capacidade de conhecer e reconhecer a neutralidade dos eventos, podemos mudar imediatamente a nossa experiência do mundo.

Arrisquem!